Espiritismo

Conheça mais sobre a Doutrina Cristã Espírita

A maioria das pessoas, vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas particulares. Acham que questões como “a existência de Deus” e “a imortalidade da alma” são de competência dos sacerdotes, de ministros religiosos, de filósofos e teólogos

Quando tudo vai bem em suas vidas, elas nem se lembram de Deus e, quando se lembram, é apenas para fazer uma oração, ir à igreja, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todos têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra

A religião para elas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e nada mais; no máximo, será um desencargo de consciência, para estar bem com Deus. Tanto que muitos nem sequer alimentam a firme convicção da crença que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade da vida após a morte

Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande problema, uma queda financeira desastrosa, a perda de um ente querido, uma doença incurável – fatos que acontecem na vida de todo mundo – não encontram em si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero

O conhecimento espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente e permitindo-nos iniciar uma transformação íntima, aproximando-nos de Deus
O Espiritismo responde às questões fundamentais de nossa vida:

- Quem é você?
- Antes de nascer, o que você era?
- Depois da morte, o que você será?
- Por que você está neste mundo?
- Por que umas pessoas sofrem mais que as outras?
- Por que alguns nascem ricos e outros pobres?
- Por que alguns nascem cegos, aleijados, débeis mentais, etc., enquanto outros nascem inteligentes e saudáveis?
- Por que Deus permitiria tamanha desigualdade entre seus filhos? Por que há tanta desgraça no mundo e a tristeza supera a alegria?
- De três pessoas que viajam num veículo – por exemplo – após pavoroso desastre, uma perde a vida, outra fica gravemente ferida e a terceira sem ferimentos. Por que sortes tão diferentes? Onde está nisso a Justiça de Deus?
- Por que uns, que são maus, sofrem menos que outros, que são bons?

Perguntas como essas a Doutrina Espírita responde, porque tais são as perguntas que todos fazemos para nós mesmos, ao contemplarmos tanta desigualdade e tantos destinos diferentes na vida atribulada de nosso planeta

O termo "Espiritismo" é sinônimo de Doutrina Espírita, porém, frequentemente, é utilizado erroneamente para designar qualquer prática do mediunismo (comunicação com os Espíritos) ou confundido com cultos afro-brasileiros (Umbanda, Candomblé, entre outros)

O Espiritismo é uma doutrina que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com a vida material. Foi revelada por Espíritos Superiores e codificada (organizada) em 1857 por um professor francês conhecido como Allan Kardec

Surgiu, pois, na França, há mais de um século. Traz em si três faces: filosofia, ciência e religião (moral)

Os adeptos da Doutrina Espírita são os espíritas e suas práticas se baseiam no estudo das obras básicas da Codificação e na assistência material e espiritual aos necessitados

O Espiritismo possui cinco princípios básicos, de onde procedem todas as suas práticas:

1 - A existência do Espírito e sua sobrevivência após a morte
"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro, e a Tiago, e a João, seu irmão, e os conduziu em particular ao alto monte, E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e os seus vestidos se tornaram brancos como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele" - (Mateus 17.1-3)
Veja também: I Pedro 3.19-20 - I Pedro 4.6 - Marcos 12.26-27 e Romanos 11.15

2 - A reencarnação
"Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.
Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" - (Mateus 11.13-15)
Veja também: Mateus 17.9-13 e João 3.3-13

3 - A lei de causa e efeito
"Então Jesus disse-lhe: Enfia no seu lugar a tua espada; porque todos que lançarem mão da espada à espada morrerão" - (Mateus 26.52)
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará" - (Gálatas 6.7)
Veja também: Mateus 18.7

4 - A comunicação entre o mundo material e espiritual
"E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visão, e os vossos velhos sonharão sonhos;
E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas naqueles dias, e profetizarão;" - (Atos 2.17-18)
"E disse-me o Espírito que fosse com eles, nada duvidando; e também estes seis irmãos foram comigo, e entramos em casa daquele varão;" - (Atos 11.12)
Veja também: Mateus 17.1-3 - I Samuel 28.11-20 e Números 11.26-30

5 - A evolução progressiva dos Espíritos.
Um semeador saiu a semear a sua semente, e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves do céu a comeram;
E outra caiu sobre pedra, e, nascida, secou-se, pois que não tinha umidade;
E outra caiu entre espinhos, e crescendo com ela os espinhos, a sufocaram;
E outra caiu em boa terra, e, nascida, produziu fruto, cento por um. Dizendo ele estas coisas, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
E os seus discípulos o interrogavam, dizendo: Que parábola é esta?
E ele disse: A vós vos é dado conhecer os mistérios de Deus, mas aos outros por parábolas, para que, vendo, não vejam, e, ouvindo, não entendam.
Esta é pois a parábola. A semente é a palavra de Deus;
E os que estão junto do caminho, estes são os que ouvem; depois vem o diabo e tira-lhes do coração a palavra, para que se não salve, crendo;
E os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas crêem por algum tempo, e no tempo da tentação se desviam;
E a que caiu entre os espinhos, esses são os que ouviram, e, indo por diante, são sufocados com os cuidados, e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição;
E a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom, e dão fruto com perseverança" - (Lucas 8.5-15)
Veja também: Gênesis 28.12

Tais princípios estão contidos na Bíblia e nas cinco obras básicas da Codificação, que os analisa de maneira racional e interessante. São elas:

- O LIVRO DOS ESPÍRITOS (1857): obra de caráter filosófico. É considerado a espinha dorsal do Espiritismo, já que todas as outras obras partem de seus princípios

- O LIVRO DOS MÉDIUNS (1861): demonstra as conseqüências morais e filosóficas decorrentes das relações entre o mundo material e espiritual

- O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864): parte religiosa e moral da Doutrina Espírita. Ensina a moral cristã através de comentários sobre as principais passagens da vida de Jesus Cristo

- O CÉU E O INFERNO (1865): Allan Kardec apresenta a verdadeira face do desejado Céu, do temido Inferno, como também do chamado Purgatório. Põe fim às penas eternas, demonstrando que tudo no universo evolui

- A GÊNESE (1868): mostra como foi criado o mundo, como apareceram as criaturas e como é o Universo. É a parte científica da Doutrina. Explica a Criação, colocando a Ciência e a Religião face a face
Dizemos que o Espiritismo é ciência, porque estuda, à luz da razão e dentro de critérios científicos, os fenômenos mediúnicos, isto é, fenômenos provocados pelos espíritos e que não passam de fatos naturais

Não existe o sobrenatural no Espiritismo: todos os fenômenos, mesmos os mais estranhos, têm explicação cientifica. São, portanto, de ordem natural
O Espiritismo é uma filosofia porque, a partir do estudo dos fenômenos espíritas, dá-se uma interpretação da vida respondendo às questões como "De onde você veio?", "O que faz no mundo?", "Para onde vai após a morte?"

Todo ensinamento que dá uma interpretação da vida, uma concepção própria do mundo, é uma filosofia
Deus existe. É a origem e o fim de tudo. É o criador, causa de todas as coisas

Deus é a Suprema Perfeição, com todos os atributos que a nossa imaginação alcança, e muito mais

Não podemos conhecer sua natureza, porque somos imperfeitos

Como uma inteligência limitada e imperfeita como a nossa poderia abranger o conhecimento ilimitado e perfeito, que é Deus?
Antes de sermos seres humanos filhos de nossos pais, somos, na verdade, espíritos, filhos de Deus

O Espírito é o princípio inteligente do Universo, criado por Deus, simples e ignorante, para evoluir e realizar-se individualmente pelos seus próprios esforços. Como espíritos, já existimos antes de nascermos e continuaremos a existir, depois da morte física

Quando o espírito está na vida do corpo, dizemos que é uma alma ou espírito encarnado. Quando nasce, dizemos que reencarnou; quando morre, que desencarnou. Desencarnado, volta ao Plano Espiritual ou Espiritualidade, de onde veio ao nascer

Os espíritos são, portanto, pessoas desencarnadas que, presentemente, estão na Espiritualidade
Criado simples e ignorante, o espírito é quem decide e cria o seu próprio destino. Para isso, ele é dotado de livre-arbítrio, ou seja, capacidade de escolher entre o bem e o mal

Desse modo, ele tem possibilidade de se desenvolver, evoluir, aperfeiçoar-se, de tornar-se cada vez melhor, mais perfeito, como um aluno na escola, passando de uma série para outra, em diversos cursos

Essa evolução requer aprendizado, e o espírito só pode alcançá-la, encarnando no mundo e reencarnando, quantas vezes forem necessárias, para adquirir mais conhecimento, vivenciando múltiplas experiências de vida

O progresso adquirido pelo espírito, nas experiências vividas em inúmeras existências, não é somente intelectual, mas, sobretudo, o progresso moral, que vai aproximá-lo cada vez mais de Deus

Mas, assim como o aluno pode repetir o ano escolar, uma, duas ou mais vezes – o espírito que não aproveita bem a sua existência na Terra pode permanecer estacionário por muito tempo, conhecendo maiores sofrimentos, e atrasando, assim, sua evolução

Não sabemos quantas encarnações já tivemos, e muito menos quantas temos pela frente. Sabemos, no entanto, que, como espíritos atrasados, teremos muitas e muitas encarnações, até alcançarmos o desenvolvimento moral necessário para nos tornarmos espíritos puros

Todavia, nem todas as encarnações se verificam na Terra. Existem mundos superiores e inferiores ao nosso. Quando evoluirmos muito, poderemos renascer num planeta de ordem elevada

O Universo é infinito e “Na casa de meu Pai há muitas moradas”, já dizia Jesus. A Terra é um mundo de categoria moral inferior, haja vista o panorama lamentável em que se encontra a humanidade

Contudo, ela está sujeita a se transformar numa esfera de regeneração, quando os homens decidirem praticar o bem e a fraternidade reinar entre eles
Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus

Se nos lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicam ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente, pois, muitas vezes, os inimigos do passado, hoje, são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para reconciliação

Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpetrados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no passado, prejudicaram-nos. Daí a importância da família, que nos permite reatar os laços cortados em existências anteriores

A reencarnação, dessa forma, é a oportunidade de reparação, como é também oportunidade de devotarmos nossos esforços ao bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos “um plano de vida”, compromissos assumidos perante a Espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível

Dependendo de nossas condições espirituais, podemos ou não ter escolhido as provas, os sofrimentos, as dificuldades que provarão nosso desenvolvimento espiritual A reencarnação, portanto, como mecanismo perfeito da Justiça Divina, explica-nos porque existe tanta desigualdade de destino entre as criaturas na Terra

A finalidade da vida na Terra é, portanto:

- Expiarmos o mal praticado, aprendendo com sofrimento a corrigir nossos erros;

- Provarmos ou medirmos nosso grau de evolução, ante as dificuldades da vida;

- Ajudarmos a humanidade e exemplificarmos o bem diante dos outros; e

- Desempenharmos missão especial quando somos evoluídos. Há inúmeros exemplos de espíritos elevados que prestam grandes serviços á humanidade

Pelo mecanismo da Reencarnação, verificamos que Deus não castiga. Somos nós os causadores dos próprios sofrimentos pela lei de “ação e reação”
Os espíritos são seres humanos desencarnados. Eles são o que eram quando vivos: bons ou maus, sérios ou brincalhões, trabalhadores ou preguiçosos, cultos ou medíocres, verdadeiros ou mentirosos

Eles estão por toda parte. Não estão ociosos. Pelo contrário, eles têm as suas ocupações, como nós, os encarnados, temos as nossas Não há lugar determinado para os espíritos. Geralmente os mais imperfeitos estão junto de nós, por causa das nossas imperfeições. Não os vemos, pois se encontram numa dimensão diferente da nossa, mas eles podem ver-nos e até conhecer nossos pensamentos

Os espíritos agem sobre nós, mas essa ação é quase sempre restrita ao pensamento, porque eles não conseguem agir diretamente sobre a matéria. Para isso, eles precisam de pessoas que lhe ofereçam recursos especiais: essas pessoas são chamadas médiuns

Por um médium, o espírito desencarnado se comunica, se puder e se quiser. Essa comunicação depende do tipo de mediunidade ou de faculdade do médium: pode ser pela fala (psicofonia), por batidas (tiptologia), pela escrita (psicografia), etc.; mas toda e qualquer comunicação não deve ser aceita cegamente, precisa ser encarada com reserva, examinada com o devido cuidado, para não sermos vítimas de espíritos enganadores

A qualidade da comunicação depende da conduta moral do médium. Se for uma pessoa idônea, de bons princípios morais, oferece campo para a aproximação de manifestação de bons espíritos. Chico Xavier, por exemplo, foi um bom médium, pelas qualidades morais de que era portador

A Doutrina Espírita alerta as pessoas muito crédulas contra as mistificações e contra os falsos médiuns, que tentam iludir o público menos avisado em troca de vantagens materiais. Por isso, é importante que, antes de ouvir uma comunicação, a pessoa se esclareça a respeito do Espiritismo
Para podermos crer de verdade, antes de tudo, precisamos compreender aquilo que devemos crer. A crença sem raciocínio não passa de uma crença cega, de uma crendice ou mesmo de uma superstição

Antes de aceitarmos algo como verdade, devemos analisá-lo bem. O mal de muita gente é acreditar facilmente em tudo que lhe dizem, sem cuidadoso exame

“Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade” – Allan Kardec
Cada um de nós é um espírito encarnado, a caminho de Deus. A vida na Terra é sempre uma oportunidade de reajustamento no caminho do bem. A escolha nos pertence. Logo, as conseqüências boas ou más são o resultado de nossas próprias decisões

É a lei da “ação e reação”, das causas e conseqüências. Se, agora, estamos sofrendo, podemos concluir que a causa do sofrimento advém de erros anteriores. Se, portanto, fizermos o mal, cedo ou tarde, sofreremos a sua conseqüência

“A cada um segundo as suas obras”
– disse Jesus. Isso explica a razão de tanto sofrimento no mundo

Por isso, um caminha mais depressa que outro, como os diferentes alunos de uma mesma classe escolar

Quanto melhor nossa conduta, mais depressa nos libertaremos dos sofrimentos, encurtando o caminho da evolução

Não há céu nem inferno, conforme afirmam as religiões tradicionais

Existem, sim, estados de alma que podem ser descritos como celestiais ou infernais

Não existem também anjos ou demônios, mas apenas espíritos superiores e espíritos inferiores, que também estão a caminho da perfeição – os bons se tornando melhores e os maus se regenerando

Deus não quer que nenhum de seus filhos se perca, é a vontade de Deus, a Suprema Vontade, é a Lei

Se a sorte do ser humano fosse inapelavelmente selada após a morte, todos estaríamos perdidos, visto termos sido mais maus do que bons e quase ninguém, hoje em dia, merecia ir para o céu de bem-aventuranças, onde só caberiam os puros

Por outro lado, uma vida, por mais longa que seja, não é suficiente para nos esclarecer a respeito dos planos de Deus

Muitos não tem nem sequer como garantir a própria sobrevivência e, menos ainda, oportunidade de uma boa educação

Muitos nunca foram orientados para o bem. Outros morrem cedo demais, antes mesmo de se esclarecerem sobre o melhor caminho a seguir

Para medirmos o quanto de absurdo existe na idéia de céu é inferno, basta que formulemos as seguintes perguntas:

“Como é que Deus, sendo o Supremo saber, sabendo inclusive o nosso futuro, criaria um filho, ciente de que ele iria para o inferno para toda a eternidade? Que Deus seria esse? Onde estão a sua bondade e a sua misericórdia?”

“Como ficaria no céu uma mãe amorosa, sabendo que seu filho querido está ardendo no fogo do inferno?”
Portanto, ninguém está perdido. Cada qual tem a oportunidade que merece. Se um pai humano, que é imperfeito e mau, não é capaz de condenar eternamente um filho, por pior que seja, quanto mais Deus, que é o Pai Misericordioso e Perfeito, que faz chover sobre os bons e os maus, que faz com que a luz do Sol ilumine os justos e injustos, indistintamente

Disse o Cristo: - “Ninguém poderá ver o Reino dos Céus se não nascer de novo”

Referia-se ao nascimento do corpo e ao renascimento moral das criaturas, isto é, ao nascimento pela “água e pelo espírito”. Daí sabermos que a vida é sempre uma nova oportunidade de reconciliação com os ideais superiores do bem e da verdade

Seguir o exemplo vivo de Jesus deve ser o ideal de todo cristão sincero

Não adianta você dizer que pertence a esta ou aquela religião. Não adianta permanecer orando o tempo todo. O importante á a prática, é a vida de todos os dias, porque, como disse Tiago, “A Fé Sem Obras É Morta”. E por falar em fé, veja como está sua vida!

- Como você vem tratando seus familiares; seu pai, sua mãe, seus irmãos, seu esposo ou sua esposa, seus filhos?

- Como você trata as pessoas estranhas?

- Como você se conduz no trabalho, na escola, no clube, na via pública em relação às outras pessoas com quem convive?

- Como você reage a uma ofensa? A um gesto de agressão? A uma calúnia? A uma ingratidão? A uma decepção na vida?

- Como você reage a um problema familiar? À perda de um ente querido? A uma doença incurável?

- E o que você vem fazendo em favor dos outros?

“Amai-vos uns aos outros” – recomendou Jesus

E não há outra maneira de amar, se não formos caridosos. Caridade é ser benevolente, paciente, tolerante, humilde. É fazer para os outros o que desejamos que nos façam. Como não queremos que nos façam o mal, mas todo o bem possível, assim também devemos agir para com eles: familiares, parentes, amigos, estranhos e até inimigos

A obrigação do cristão é ser um trabalhador do bem, dando sua parte, por pequena que seja, na luta por um mundo melhor

Podemos fazer tudo isso, cuidando melhor de nossas atitudes, vigiando nosso comportamento diário, sendo mais atenciosos e gentis, vendo nos outros mais suas qualidades do que seus defeitos e, finalmente, sendo mais exigentes em relação a nós mesmos

Ajudar o pobre, socorrer o desesperado, assistir ao doente, orientar o desajustado, levar palavras de conforto e esperança ao aflito, divulgar e viver os ensinamentos de Jesus, tudo isso constitui as bases do verdadeiro amor por ele ensinado e exemplificado, há quase 2000 anos

Seguindo as pegadas de Jesus, pelo amor vivo que manifestou ao mundo, Allan Kardec proclama:

“Fora da Caridade não há Salvação”
Allan kardec nasceu a 03 de Outubro de 1804 em Lyon, França, filho de Jean Baptiste-Antoine Rivail, juiz e, Jeanne Duhamel, sua esposa

O Codificador do Espiritismo recebeu o nome de Hipollite-Léon Denizard Rivail, só mais tarde, após saber que numa vida anterior, entre os druidas, havia se chamado Allan Kardec, ele adotou esse pseudônimo ao assinar “O Livro dos Espíritos”, para dar um cunho impessoal à Doutrina dos Espíritos

O menino Rivail fez os estudos primários em Lyon e completou seus estudos em Yverdun, na Suíça, com o célebre Professor Pestalozzi, de quem se tornou um dos mais eminentes discípulos. Por diversas vezes substituiu Pestalozzi na direção do Instituto de Yverdun

Ao completar os estudos, era bacharel em Letras e Ciências, Lingüista. Falava corretamente alemão, inglês, italiano espanhol e conhecia bem o holandês

Isento do Serviço Militar, fundou em Paris, à rua Sèvres número 35, uma escola semelhante à de Yverdun

Casou-se com a professora Amélie Gabrielle Boudet a 06 de Fevereiro de 1832. Encarregou-se da escrita contábil de algumas firmas, fez diversas traduções de obras inglesas e alemãs e ainda escreveu gramáticas, aritméticas, livros para estudos pedagógicos, superiores

Preparou os cursos de Levy-Àlvares para alunos de ambos os sexos. Organizou em sua própria casa, à Rua Sèvres, cursos gratuitos de Química, Física, Astronomia e Anatomia Comparada, que funcionaram nos anos 1835-1840

Foi premiado por concurso, pela Academia Real d´Arras em 1831, ao apresentar a tese: “Qual o sistema de estudo mais em harmonia com as necessidades da época”. Entre os seus trabalhos publicados, constam “Plano para o melhoramento da instrução pública”. (1828); “Manual de exames para obtenção dos diplomas de capacidade”. (1846) e “Catecismo gramatical da língua francesa”. (1848)

Rivail foi professor do Liceu Polimático em 1849; sempre publicando obras de valor didático-pedagógico. Em 1854 ouviu falar dos fenômenos que mais tarde classificaria de mediúnicos ou “espíritas”

Após estudar profundamente os ditados mediúnicos e comprovar a natureza espiritual deles, publicou “O Livro dos Espíritos” (1857), resultado da Codificação que fez do ensino dos Espíritos, obtido por muitos médiuns treinados e residentes em diversas partes do mundo
Conforme dissemos, o conhecimento do Espiritismo deve partir das 5 (cinco) obras básicas de Allan Kardec, cuja publicação ocorreu na seguinte ordem:

– O Livro dos Espíritos (1857);

– O Livro dos Médiuns (1861);

– O Evangelho Segundo O Espiritismo (1864);

– O Céu E O Inferno (1865); e

– A Gênese (1868)